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23/08/2021

Dez tecnologias estão reduzindo, e até eliminando, os princípios básicos dos modelos econômicos baseados em escassez, que impulsionaram, até agora, o valor de mercado para as empresas. Saiba quais são e entenda seus impactos Recentemente estudei um texto muito instigante, “The Future of Value”, preparado pelo governo canadense. É um interessante estudo de como a convergência de tecnologias emergentes ou já em maturação possibilitam mudanças significativas na economia, criando novas maneiras de realizar atividades de negócios e gerar valor. Embora a sociedade humana sempre tenha evoluído com avanços tecnológicos, passando pelo arado, máquinas a vapor, motores de combustão interna e a internet, a velocidade e o alcance das mudanças que já estão ocorrendo podem ser diferentes de tudo que vimos antes. As novas tecnologias estão reduzindo, e até eliminando, os princípios básicos dos modelos econômicos baseados em escassez, seja de mão de obra, materiais e conhecimento, que impulsionaram, até agora, o valor de mercado para as empresas. Por valor, entendemos a quantidade de dinheiro recebida pela venda de um bem ou serviço em uma economia de mercado. Isso pode assumir a forma de preços, salário, juros ou aluguel. Muitos dos setores, empregos e profissões que conhecemos estão mudando. Alguns se transformarão, enquanto outros desaparecerão. E, novos setores e profissões surgirão com o tempo ou mesmo de forma repentina. A maioria das análises concentra-se em como a transformação econômica afetará setores, empregos ou profissões. No entanto, existe outra maneira de pensarmos sobre o que está acontecendo: examinar as atividades humanas utilizadas pelas empresas. Essa abordagem, adotada pelo estudo, pode nos fornecer percepções adicionais e inovadoras sobre as transformações que poderão surgir. Dez tecnologias estão catalisando essas profundas mudanças de valor: a internet das coisas, inteligência artificial (IA) e softwares de automação, robótica, telepresença, realidade virtual e aumentada, tecnologias de produção descentralizadas (por exemplo, impressão 3D), tecnologias biodigitais, materiais avançados, blockchain e conectividade de alta velocidade, como a 5G. A onda de choque provocada pela sua convergência (não podemos imaginar tecnologias isoladamente provocando, por si, mudanças significativas) vai afetar toda a economia e, por tabela, a sociedade. Portanto, devemos analisar seus efeitos potenciais e tentar nos adequar, seja como profissional, empresa ou país, para aproveitar de forma positiva seu potencial de transformação. Uma análise centrada em setores de negócio, por exemplo, pode observar que os caminhões autônomos podem transformar o setor de transporte, eliminando a necessidade de motoristas humanos. Uma análise baseada em atividades vai muito mais longe. Ela reconhece que essas mesmas tecnologias poderiam ser transferidas para outros setores, como agricultura e mineração, que também envolvem o uso humano de ferramentas, dispositivos e objetos similares. Ou seja, pode identificar mudanças potenciais em outros setores antes que elas aconteçam, isto é, prever a onda do tsunami antes dela chegar no litoral. A análise das atividades, considerando o efeito da convergência, nos permite ver um panorama muito mais abrangente. Por exemplo, se juntarmos a IA dos veículos autônomos com a evolução das impressoras 3D, podemos considerar que talvez até a demanda por caminhões diminua, caso seja possível imprimir objetos e até alimentos próximos de onde serão utilizados ou consumidos. O aumento no uso de impressão 3D pode transferir o valor do setor de transporte para outros, como designers de modelos de produtos digitais, fornecedores de infraestrutura digital e fabricantes de impressoras 3D. A onda de choque das mudanças pode afetar até setores que, à primeira vista, se sintam intocáveis. Vale a pena ler o relatório “33 Industries Driverless Cars Will Transform” que mostra como setores como aluguel de espaço de coworking, hotéis e empresas aéreas podem, potencialmente, serem impactados pelos veículos autônomos e demais tecnologias convergentes. O estudo canadense identifica quatro tipos diferentes de escassez que impulsionam a criação de valor em uma economia. 1) Escassez espacial: uma escassez ou restrição com base no local. Um humano precisa estar em um determinado lugar para que uma interação aconteça (por exemplo, para cortar o cabelo, você precisa estar no mesmo lugar que o cabeleireiro). Insumos específicos, como petróleo ou gás natural, podem estar disponíveis apenas em um número limitado de lugares do mundo. 2) Escassez temporal: uma escassez ou restrição baseada no tempo. Por exemplo, uma pessoa precisa estar disponível em um horário específico para que a interação prossiga, como em uma consulta médica. Também pode ser uma entrada, serviço ou produto específico que está disponível apenas em um horário específico (por exemplo, um jogo de futebol ou show ao vivo). 3) Escassez absoluta: uma escassez ou restrição baseada na quantidade, na qual existe uma quantidade finita de algo. Por exemplo, um recurso mineral; uma coisa única como o quadro da Mona Lisa; ou uma pessoa específica com um conjunto de habilidades exclusivo. A escassez absoluta inclui expertise, que pode ser dividida em duas partes: conhecimento (saber fazer uma tarefa) e habilidade (capacidade de fazer a tarefa). 4) Escassez artificial: uma estrutura para criar uma das outras escassezes. Por exemplo, um sistema de permissão que dá a alguém direitos exclusivos sobre algo, um sistema que aprova ou certifica certas habilidades ou a regulamentação de propriedade intelectual. Os quatro tipos de escassez estão frequentemente presentes juntas em uma transação de negócios. Por exemplo, para obter os serviços de um médico, uma pessoa precisa estar em um local específico (escassez espacial) em um momento específico (escassez temporal). E existe um número finito de pessoas com as competências necessárias (escassez absoluta) e apenas aquelas com a respectiva acreditação estão autorizadas a prestar o serviço (escassez artificial). Como a convergência tecnológica impacta esse modelo? Por exemplo, o uso da realidade virtual e aumentada pode permitir que uma pessoa com habilidades menos especializadas forneça o serviço com a ajuda de alguém em outro lugar, como um especialista atuando remotamente. A robótica e a IA podem permitir que robôs produzam as peças mais simples, deixando que os humanos façam as peças mais complexas. Ou, o robô pode ele mesmo fazer peças complexas, mas com supervisão e orientação humana. E, em última análise, os robôs poderiam fornecer o serviço sem a ajuda de um humano. A escassez de capacidades específicas, nesse caso, produzir uma peça complexa, deixa de existir. O valor também pode mudar os mercados imobiliário e de transporte. Por exemplo, humanos com experiência, como médicos trabalhando com teleconsulta e diagnósticos por IA, não precisam mais morar perto de seus clientes. Eles podem fornecer o serviço para cidades distantes, a partir de um único local, sem necessidade de deslocamento dele ou do cliente. Já vemos, por exemplo, a utilização de IA em atividades antes inteiramente humanas, como terapias mentais. O artigo “Is robot therapy the future?” mostra que já existe possibilidades de uso colaborativo entre humanos e algoritmos de IA no tratamento terapêutico de pessoas com problemas de saúde mental. A robótica e a IA também podem permitir que muitos objetos operem de forma autônoma ou com menos interferência de um ser humano especialista. Um caminhão rodando nas estradas sem motoristas. E à medida que mais objetos se tornam “inteligentes”, eles podem ser acessados e reparados remotamente. E a realidade virtual e aumentada pode permitir que uma pessoa que interaja com o objeto receba orientações de um especialista localizado remotamente. A IA tem o potencial de quebrar a escassez de conhecimento básico e aplicado. A IA pode ingerir grandes volumes de dados e transformá-los em informações úteis, como notícias e interpretação de esportes ao vivo. A IA pode descobrir padrões e meta-informação mais rápido do que os humanos ou mesmo que os humanos não conseguem encontrar. Pode até ser capaz de quebrar a escassez de criatividade, inventando soluções novas e úteis, como um movimento no jogo Go que um jogador humano nunca considerou. As simulações digitais podem quebrar a escassez de espaço físico e equipamentos necessários para a geração de conhecimento: a simulação por software de experimentos de compostos moleculares e a criação de novas drogas (Artificial intelligence could be new blueprint for precision drug Discovery); criação de música em computadores sem instrumentos ou estúdio de som (In Computero: Hear How AI Software Wrote a ‘New’ Nirvana Song); criação de filmes com imagens geradas por computador sem atores ou sets de filmagem (Can AI Make a Hit Netflix Movie?). A escassez de conhecimento e sua transferência para outras pessoas (processo de aprendizado) podem ser transformados por chatbots baseados em IA, que podem quebrar a escassez de experiência, personalizando respostas e conselhos. O valor muda dos criadores do conhecimento para incluir os distribuidores do conhecimento. E muda de locais físicos (como escolas, laboratórios e clínicas) e infraestrutura de transporte, para infraestrutura digital e dispositivos de interface. Esses são apenas alguns poucos exemplos das ondas de choque que a economia digital poderá gerar. Assim, analisar a ruptura tecnológica da economia pelas lentes das atividades humanas básicas pode ajudar empresas, instituições acadêmicas, indivíduos e formuladores de políticas a entender o que está acontecendo com a economia e os negócios. Teremos mais condições de responder com mais assertividade a questões chave como: 1) Quais são os tipos de trabalhos e profissões mais prováveis de serem afetados? Como as pessoas que trabalham nessas profissões poderiam ser retreinados ou aprimorados? 2) A adoção de novas tecnologias permitiria aos governos fornecer melhores serviços públicos a custos mais baixos? 3) À medida que se torna mais fácil para as pessoas trabalharem separadamente de seus colegas e/ou seus equipamentos, os imóveis comerciais ou industriais cairão de valor? Como poderiam ser usados de forma diferente? 4) Os escritórios domésticos ou centros de trabalho baseados nas vizinhanças das moradias se tornarão mais valiosos? O valor da internet aumentará? O valor do transporte suburbano diminuirá? Como os governos devem responder às mudanças nas necessidades de infraestrutura? 5) Que aspectos das mudanças de valor desejamos acelerar? Quais queremos desacelerar? Como as estruturas regulatórias e políticas podem influenciar a velocidade e a profundidade das interrupções digitais e biodigitais? 6) As empresas transformadas criariam vulnerabilidades para áreas importantes da economia? Qual a melhor maneira da política e regulação lidar com esses novos riscos? 7) Quais são os custos ou benefícios de acelerar ou moderar mudanças? Como as mudanças no valor afetarão diversos setores da economia? 8) O que isso significa para os modelos econômicos e as estratégias de desenvolvimento econômico? Como isso pode afetar o regime tributário? Com essa visão, podemos nos preparar melhor para criar o futuro. Podemos ter uma visão mais clara de que novas empresas podem ser criadas e que novos negócios podem ser gerados. E, claro, podemos identificar como diferentes atores poderão responder às mudanças de valor na economia. Fonte:neofeed.com.br

16/08/2021

O governo fluminense e a Iguá Rio de Janeiro S.A. assinaram hoje (12) contrato de concessão de saneamento básico da zona oeste da capital e dos municípios de Paty do Alferes e Miguel Pereira, situados no centro-sul do estado. O contrato se refere à concessão dos ativos do bloco 2 da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) e terá duração de 35 anos, para os serviços de distribuição de água e coleta e tratamento de esgoto que servirão cerca de 1,2 milhão de pessoas. Agora terá início o período de operação assistida, com duração de seis meses, podendo ser antecipada a critério do governo estadual. Nessa fase, a concessionária acompanhará a Cedae, que continuará operando os serviços. Após esse período, a Iguá assumirá de forma definitiva a operação. O bloco 2 compreende os bairros da zona oeste da capital fluminense da Barra da Tijuca, Camorim, Cidade de Deus, Curicica, Freguesia, Gardênia Azul, Anil, Grumari, Itanhangá, Jacarepaguá, Joá, Pechincha, parte da Praça Seca, Recreio dos Bandeirantes, Tanque, Taquara, Vargem Grande, Vargem Pequena e Vila Valqueire, além dos municípios de Paty do Alferes e Miguel Pereira. Na capital fluminense, a Cedae continuará responsável pela captação de água bruta e o seu respectivo tratamento, enquanto a Iguá se responsabilizará pelos serviços de distribuição de água e de coleta e tratamento de esgoto. Já nos municípios de Paty do Alferes e Miguel Pereira, a concessionária realizará a captação, tratamento e distribuição de água tratada, além dos serviços de esgotamento sanitário. De acordo com a Iguá, o projeto prevê outros benefícios diretos e indiretos à população e ao meio ambiente, entre os quais a conservação de mananciais, melhoria na qualidade de vida, melhoria de saúde e de bem-estar. Águas do Rio Ontem o Governador Cláudio Castro e o Águas do Rio assinaram  os contratos referentes aos blocos 1 e 4, arrematados no leilão da Cedae em abril passado, pelo Consórcio Aegea, que abrange 26 municípios, além das zonas central, sul e norte da capital. “Eu não tenho dúvidas que essa concessão é um divisor de águas, não só pelo serviço, pelo valor de outorga e pela empregabilidade, mas pela grande mudança que ela vai gerar no Rio de Janeiro. Esse processo retoma para o Estado mais credibilidade. Quando temos dois grupos grandes como a Iguá e a Aegea investindo no Rio, a gente percebe que o tempo no nosso Estado é outro, estamos retomando o crescimento”, avaliou Castro. O presidente da Iguá Carlos Brandão considerou o momento especial. “Estamos na fase de recrutamento de pessoas, de planejamento e de preparação para essa nova etapa que, com certeza, marcará a nossa história e reforçará o propósito de sermos a melhor empresa de saneamento para o Brasil. Continuamos focados na aquisição de concessões e na formação de parcerias público-privadas para ganhar escala no setor brasileiro de água e esgoto”. Investimentos A Águas do Rio terá um total de R$ 24,4 bilhões investidos no Rio de Janeiro, além dos R$ 15,4 bilhões de outorgas. Já a Iguá Saneamento terá cerca de R$ 2,7 bilhões, além do pagamento de mais de R$ 8 bilhões de outorga. As duas já realizaram o pagamento da primeira parcela ao Estado e o valor será repassado aos municípios. O governo fluminense está trabalhando, desde o leilão, na modelagem da nova concessão do bloco 3 da Cedae, que não teve vencedores. A expectativa é que o leilão seja efetuado ainda este ano. Originalmente com sete cidades, o novo bloco já conta com 17 municípios. Edição: Aline Leal Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br/

09/08/2021

Um fator importante para o avanço da universalização do saneamento é a adaptação dos contratos vigentes, com vistas à incorporação de novas metas de disponibilidade e de qualidade para prestação do serviço. Este é um desafio que envolve municípios e companhias estaduais, que operam atualmente 70% do serviço por meio de contratos de programa e de concessão. A legislação preservou a eficácia destes contratos, mas exigiu que eles sejam alterados para contemplar novas obrigações de investimentos com o objetivo de garantir o atendimento de 99% da população com água potável, de 90% da população com coleta e tratamento de esgotos. A lei exigiu também a incorporação nos contratos de metas quantitativas de não intermitência do abastecimento, de redução de perdas e de melhoria dos processos de tratamento. Surpreendentemente, o decreto 10.710/2021, que regulamentou a metodologia para que os prestadores demonstrem sua capacidade econômica para implementar as novas metas, parece ter eliminado esta via. Nos termos do regulamento, os estudos de viabilidade exigidos para essa comprovação não poderão contar com a extensão de prazo dos atuais contratos de programa, o que limita as possibilidades para o reequilíbrio contratual. A meu juízo, o decreto afigura-se ilegal ao pretender restringir uma via lícita e possível para viabilizar o reequilíbrio e permitir a adaptação dos contratos. Mais do que isso, o decreto parece eliminar a única via factível para tanto – a menos onerosa às partes, no atual contexto. Supondo-se impraticável o reequilíbrio, em função da restrição estabelecida pelo decreto, qual seria afinal o desfecho destes contratos? Sem o reequilíbrio, a adaptação do contrato não seria juridicamente viável. A provável alternativa seria o encerramento do vínculo. Mas como se trata de uma hipótese de extinção do contrato motivada por fato alheio à responsabilidade do prestador (lembre-se que o reequilíbrio contratual é de responsabilidade do titular), este teria direito à ampla e prévia indenização. Ou seja: para que o contrato de programa seja encerrado e os bens transferidos ao município, este será obrigado a indenizar a companhia estadual pelos investimentos feitos até aqui e não integralmente amortizados, e, ainda, por outros prejuízos suportados.  Como me parece difícil imaginar que os municípios disponham de recursos para isso, pela mesma razão pela qual não dispõem de recursos para custear o reequilíbrio contratual, haverá um impasse. Sem que o município possa apropriar-se e apossar-se dos bens da operação, em virtude da ausência de indenização, o contrato não poderia ser encerrado (a operação não poderia ser transferida ao município ou a um novo operador). O resultado prático seria a continuidade da operação dos serviços pelos atuais prestadores, mas sem o atendimento das novas metas de universalização. Trata-se de solução avessa àquela desejada pela lei. Ou seja: a prevalência da regra do decreto que limita a extensão de prazo para os fins do reequilíbrio contratual acabará por ensejar, na prática, a inocuidade da norma que impõe as novas metas, com o risco de frustração da própria universalização. É tudo o que não se quer. Mas infelizmente parece ser esse o provável desfecho do imbróglio criado pelo decreto 10.710/2021. Fonte:jovempan.com.br

04/08/2021

Até 2030, operadores privados de serviços ligados ao saneamento básico podem atender até 40% da população brasileira. A projeção é do diretor-executivo da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), Percy Soares Neto. Segundo ele, será possível uma convivência de operadores públicos e privados, o que facilitará a universalização do setor. “O objetivo aqui é ter o cidadão com serviço. Isso é bom para o operador público e para o operador privado. Nós vemos, por exemplo, estados como Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Pernambuco com Parcerias Público-Privadas importantes levando serviço. O que importa é que os arranjos tenham condições de levar o serviço para a população”, destaca. Dados levantados pela associação, juntamente com o Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Sindcon), apontam que as concessionárias atendem, atualmente, 15% da população de cada município. A porcentagem corresponde a 32,5 milhões de pessoas, em 7% dos municípios. Levando em conta o Panorama de 2021, as concessões privadas de saneamento atingem 33% do total investido pelas companhias no setor. Segundo Percy, o resultado não é um reflexo direto da aprovação do marco legal do saneamento básico, mas as novas regras despertaram algum interesse das companhias. “Os leilões importantes que tivemos já estavam sendo planejados anteriormente ao marco. Ocorre que eles despertaram mais apetite após a aprovação do marco. Agora, a disposição de participar de concorrência das empresas e ágios pagos nesses projetos, ou descontos, sim, tem a ver com o processo de aprovação do marco”, explica. Na avaliação do coordenador do Observatório Nacional pelos Direitos à Água e ao Saneamento, Marcos Montenegro, os maiores déficits na oferta desses serviços estão nas áreas mais carentes. Nesse sentido, ele pontua que a privatização não é a solução, já que a necessidade envolve a realização de políticas públicas integradas. “Nós vemos que, para, por exemplo, enfrentar os problemas de falta de saneamento nas periferias das metrópoles, é preciso um esforço de desenvolvimento de políticas integradas, de urbanização, acesso à terra e à moradia, articulação com a questão do trabalho, com políticas de meio ambiente e saúde”, considera. InvestimentoEm 2019, foram aplicados R$ 4,8 bilhões, diante de um investimento total de R$ 14,8 bilhões. O levantamento revela, ainda, que as empresas privadas possuem 191 contratos firmados. As modalidades compreendidas vão desde concessões plenas e parciais até Parcerias Público Privadas (PPPs) e subdelegações. O portal Brasil61.com já noticiou casos como o do município de Limeira (SP). Considerada a 5ª melhor cidade em saneamento básico do Brasil, entre as 100 maiores cidades brasileiras, Limeira sofria com problemas causados pela falta de uma rede ampla de água tratada e de serviço de coleta de esgoto até 1995, mas realizou uma concessão com empresa privada estrangeira, a BRK Ambiental, e alcançou o índice de 100% de cobertura de água e de coleta e tratamento de esgoto na área urbana, em 2011.  O município foi o primeiro do País a conceder os serviços de saneamento à iniciativa privada, que investiu cerca de R$ 560 milhões na cidade desde o início da concessão até abril de 2021.Fonte: Brasil 61

26/07/2021

“Sanear” é uma palavra que vem do latim e significa tornar saudável, higienizar e limpar.O saneamento básico está presente há muitos anos na história da sociedade mundial. Há relatos do período antes de Cristo que indicam o início da preocupação com saneamento, por meio da construção de diques e canalização para irrigação.Uma grande evolução ocorreu durante o Império Romano com a construção do Aqueduto Aqua Pia,  com 17 km de extensão, para abastecimento das cidades.  Desde então, o saneamento passou por grandes evoluções nos mais diversos lugares.O que é saneamento básico?O saneamento básico é um conjunto de serviços compreendidos como: distribuição de água potável, coleta e tratamento de esgoto, drenagem urbana e coleta de resíduos sólidos.Os serviços de saneamento impactam diretamente na saúde, qualidade de vida e no desenvolvimento da sociedade como um todo.Apesar de sua importância, você sabia que cerca de  2,3 bilhões de pessoas em todo mundo ainda não têm acesso à nenhum serviço de saneamento?Quando falamos de saneamento seguro, o número sobe para 4,5 bilhões de pessoas. O saneamento seguro se refere à segurança das instalações e dos serviços prestados, por exemplo, a rede de esgoto estar conectada ao serviço de tratamento de esgoto.No Brasil, o saneamento é regulamentado pela Lei 11.445/2007 e é considerado parte da infraestrutura do país. A competência para prestação dos serviços é dos municípios, entretanto podem ser terceirizados para órgãos estaduais ou privados.Por estar amplamente ligado às necessidades básicas da população, a lei do saneamento destaca a criação de mecanismos para participação social. Esse modelo permite uma ampla discussão do que de fato está ocorrendo com o acesso aos serviços básicos.Vale dizer que todos deverão contribuir para a universalização, que é o acesso a todos os serviços de saneamento por toda a população.Como você acha que o Brasil está na universalização? Vamos ver a seguir olhando para cada serviço básico!Quais são os serviços de saneamento básico?O saneamento compreende quatro grandes serviços. Para entender melhor, vamos  ver cada um de seus componentes, analisando sua importância e como estão sendo tratados.Distribuição de água potávelA importância desse serviço está logo em seu nome, visto que a água potável é necessidade de todos os seres vivos. O acesso seguro à água potável é feito por meio do tratamento e distribuição disponibilizados por uma companhia de saneamento.Em todo o mundo, cerca de 2,4 bilhões de pessoas não têm acesso a água potável, segundo levantamento da Unicef e da World Health Organization (WHO).A água é extremamente importante no desenvolvimento e sobrevivência de uma nação. Na África Subsaariana por exemplo, em um período de 15 anos, o índice de mortalidade infantil caiu quase pela metade com o acesso à água potável.No Brasil, ainda são mais de 35 milhões de pessoas sem acesso à água potável. Um número contraditório para um país tão rico em recursos hídricos.O baixo investimento em saneamento leva a população a criar meios locais para ter acesso a água. Essa prática que nem sempre é saudável, pois se utilizam de poços artesianos ou diretamente de rios, por exemplo.Um forte impasse no acesso à água potável são os locais de moradia irregulares, que inviabilizam obras de saneamento. A forma que as casas são construídas não permitem que água encanada chegue até as residências.A população brasileira praticamente dobrou de 1970 a 2010, enquanto as moradias não seguiram o mesmo ritmo. As pessoas mais afetadas são as que detêm menor poder aquisitivo, ocupando essas casas em locais irregulares.Já em outros lugares, no Nordeste por exemplo, a dificuldade é a viabilidade financeira. Os meios atuais de levar água para esses lugares não pagam o custo de construção e operação desses sistemas.Portanto, esse serviço e o saneamento como um todo exigem vontade política, investimento financeiro e inovação de técnicas e tecnologias.Coleta e tratamento de esgotoA coleta e tratamento de esgoto não é assunto atual, visto que desde as primeiras referências de saúde pública, já se evidenciava a necessidade de cuidar do esgotamento sanitário.Durante os séculos, a humanidade aprendeu a lidar com os rejeitos de esgoto. Desde a antiga Nippur, na Babilônia, criaram-se galerias de esgoto integradas a um sistema de drenagem.A coleta e tratamento de esgoto avançou ao longo dos anos mas ainda não chega a todos. Os serviços de saneamento básico não estão disponíveis a 4,5 bilhões de pessoas. Significa que 6 em cada 10 pessoas no mundo não contam com algum de seus quatro serviços.Segundo o estabelecido nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o acesso a coleta de esgoto é lento. Sendo um dos itens que mais interfere em sua meta de universalizar o serviços de saneamento básico no mundo até 2030.No Brasil, o esgotamento sanitário não alcança metade da população, o equivalente a 100 milhões de pessoas. O problema atinge municípios mais pobres como Ananindeua, mas também capitais como Manaus e Belém. Nesses dois últimos o índice de coleta de esgoto não chega a 13%.O esgotamento inadequado significa que os dejetos gerados são depositado em fossas, ou despejados in natura em rios e mares. Como resultado temos uma catástrofe ambiental sem precedentes e que custa caro para ser revertida.Por outro lado, os bons exemplos estão no Sudeste e no Sul do país, em cidades como Cascavel, Londrina e Jundiaí. Locais esses que tem esse serviço praticamente universalizado.Os dados são do Instituto Trata Brasil.Drenagem UrbanaOutro serviço do saneamento básico é a drenagem urbana, responsável por lidar com as águas da chuva. Serviço que aparentemente trata-se de uma simples pavimentação, tem fortes implicações na natureza, no planejamento urbano e até no próprio ciclo hidrológico.Um plano de drenagem urbana é essencial para impedir que corpos hídricos sejam assoreados pela pavimentação excessiva. Evitando a ocorrência de alagamentos e inundações que prejudicam toda a cidade.O planejamento urbano de uma cidade precisa conter o serviço de drenagem urbana, devido a suas considerações de como o meio urbano deve se relacionar com o ambiental.Entre essas relações ele determina, por exemplo, o percentual de áreas que se pode permeabilizar. Ou ainda, planeja piscinões que capturem grandes volumes de chuva, levando-a para corpos hídricos distantes, o que evita alagamentos e inundações das áreas urbanas.E ainda, a drenagem urbana pode interferir no ciclo hidrológico como aconteceu em Brasília, em 2015. O assoreamento dos rios interferiu no ciclo das águas, levando a escassez de chuvas.As águas que antes ficavam na região por mais tempo, possibilitavam a formação de chuvas. Atualmente, o desmatamento e a impermeabilização do solo, dispersam essa água de forma mais rápida, impedindo a formação de um clima úmido e alterando o regime de precipitações.Vale dizer que não é tão simples evitar a impermeabilização do solo, devido ao crescimento populacional desenfreado. Por isso foram criadas leis específicas nos municípios, impondo limites de que proporção os moradores podem usar de seus terrenos.O serviço de drenagem urbana, portanto, exige mais áreas para vazão da chuva e o aproveitamento da água da chuva por meio de reservatórios.Coleta de resíduos sólidos   O quarto serviço que compõe o saneamento básico é a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, isto é, a coleta e tratamento do lixo urbano.Fortemente atrelado a limpeza urbana, a coleta de lixo é responsável por conduzir todo o lixo da população para locais de tratamento e disposição final.Cada tipo de lixo deveria ser tratado e disposto de maneira diferente, o que é a chamada coleta seletiva.Até 2016 em nosso país, 59,7% dos municípios não destinavam seu lixo corretamente. Com variações tímidas e que preocupam, a falta desse serviço pode gerar problemas sérios de saúde pública.Como exemplo, podemos citar os insetos transmissores de doenças que usam os resíduos sólidos para se proliferar. A dengue que é uma dessas doenças, fazendo em média 4 vezes mais vítimas nas cidades mais precárias em saneamento em comparação com as melhores em saneamento.Outra doença é a leptospirose, transmitida por roedores que se proliferam em locais com altos níveis de poluição urbana. Nas melhores cidades em saneamento o número de internações por essa doença cai 5,2 vezes se comparados com as piores cidades.Segundo a ONU, o Brasil descarta diariamente 80 mil toneladas de lixo de forma inadequada e afeta 76,5 milhões de pessoas. Os chamados lixões disseminam doenças, e infelizmente acabam servindo de fonte de renda para famílias necessitadas.Contudo, é na coleta e tratamento de resíduos sólidos onde reside um dos maiores potenciais para a economia circular. A mesma tenta inibir a produção de lixo e reaproveitá-lo como matéria prima em outros processos.Os melhores exemplos da transformação de lixo em matéria prima estão na produção de biodiesel, cosméticos e abrasivos. Fora isso, existem empresas utilizam o lixo para gerar energia como as sucroalcooleiras. O processo consiste em transformar o bagaço da cana em energia elétrica, mantendo toda a fábrica de açúcar e álcool.A importância do saneamento básicoComo você pode perceber, todos os serviços de saneamento tem ligação direta com a saúde. Estudos mostram que quanto maior o acesso ao saneamento, menor a mortalidade infantil, menor a taxa de internações por doenças gastrointestinais e maior a longevidade da população.E não é só isso! As doenças relacionadas ao saneamento inadequado geram infecções recorrentes e afetam o desempenho educacional de crianças e adolescentes por afastá-los por determinados períodos das escolas.O mesmo acontece com a produtividade dos trabalhadores, também pelo afastamento de suas funções laborais por infecções recorrentes. Um estudo do Instituto Trata Brasil mostra que, em 2013, ocorreram aproximadamente 15 milhões de casos de afastamento por diarreia ou vômito no Brasil.Do outro lado da moeda, os investimentos no setor impactam expressivamente na renda gerada e no valor dos ativos. As obras para manutenção e expansão do saneamento básico gera renda e sustenta empregos, contribuindo desenvolvimento econômico do país.Também, por estar ligado ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), acesso ao saneamento e contribui para o desenvolvimento social.Além disso, como dito anteriormente, o déficit no tratamento de esgoto afeta negativamente o meio ambiente, comprometendo, ou até anulando, o potencial turístico de uma região e impactando diretamente na segurança hídrica.Não é a toa que o saneamento é básico. Porém, é o setor de infraestrutura com maior deficiência no Brasil. É necessário despender esforços e buscar soluções que mudem essa realidade.O futuro do saneamento básico no BrasilO cenário do saneamento básico no Brasil deve passar por reviravoltas em 2019 devido ao governo e ajustes em investimentos privados e públicos.Por parte do governo, medidas como a MP n° 868/2018 são discutidas. O intuito é alterar as formas de contrato das prefeituras com empresas de saneamento, afetando toda a estrutura existente. Com isso, o governo espera atrair investimentos privados para o setor.E ainda, fiscalizar melhor os investimentos nos municípios através da Agência Nacional de Águas (ANA). Atualmente, o órgão serve apenas para regulamentações relativas a água da União, sendo a chave de acesso a recursos federais.A privatização também é fator de influência profunda no saneamento básico. Isso pode ser visto, por exemplo, nas bolsas de valores com a promessa de venda da SABESP. Estima-se que o setor privado traria um investimento de 10 bilhões de reais para a companhia.Como pode ver,  o saneamento básico e a infraestrutura como um todo são bases estruturais que precisam ser valorizadas. Sem elas, outros setores não podem avançar e estarão fadados a medidas que vão consumir ainda mais recursos.E você, como acha que o saneamento básico tem caminhado em nosso país?fonte: EOS Consultores

26/07/2021

“Sanear” é uma palavra que vem do latim e significa tornar saudável, higienizar e limpar.O saneamento básico está presente há muitos anos na história da sociedade mundial. Há relatos do período antes de Cristo que indicam o início da preocupação com saneamento, por meio da construção de diques e canalização para irrigação.Uma grande evolução ocorreu durante o Império Romano com a construção do Aqueduto Aqua Pia,  com 17 km de extensão, para abastecimento das cidades.  Desde então, o saneamento passou por grandes evoluções nos mais diversos lugares.O que é saneamento básico?O saneamento básico é um conjunto de serviços compreendidos como: distribuição de água potável, coleta e tratamento de esgoto, drenagem urbana e coleta de resíduos sólidos.Os serviços de saneamento impactam diretamente na saúde, qualidade de vida e no desenvolvimento da sociedade como um todo.Apesar de sua importância, você sabia que cerca de  2,3 bilhões de pessoas em todo mundo ainda não têm acesso à nenhum serviço de saneamento?Quando falamos de saneamento seguro, o número sobe para 4,5 bilhões de pessoas. O saneamento seguro se refere à segurança das instalações e dos serviços prestados, por exemplo, a rede de esgoto estar conectada ao serviço de tratamento de esgoto.No Brasil, o saneamento é regulamentado pela Lei 11.445/2007 e é considerado parte da infraestrutura do país. A competência para prestação dos serviços é dos municípios, entretanto podem ser terceirizados para órgãos estaduais ou privados.Por estar amplamente ligado às necessidades básicas da população, a lei do saneamento destaca a criação de mecanismos para participação social. Esse modelo permite uma ampla discussão do que de fato está ocorrendo com o acesso aos serviços básicos.Vale dizer que todos deverão contribuir para a universalização, que é o acesso a todos os serviços de saneamento por toda a população.Como você acha que o Brasil está na universalização? Vamos ver a seguir olhando para cada serviço básico!Quais são os serviços de saneamento básico?O saneamento compreende quatro grandes serviços. Para entender melhor, vamos  ver cada um de seus componentes, analisando sua importância e como estão sendo tratados.Distribuição de água potávelA importância desse serviço está logo em seu nome, visto que a água potável é necessidade de todos os seres vivos. O acesso seguro à água potável é feito por meio do tratamento e distribuição disponibilizados por uma companhia de saneamento.Em todo o mundo, cerca de 2,4 bilhões de pessoas não têm acesso a água potável, segundo levantamento da Unicef e da World Health Organization (WHO).A água é extremamente importante no desenvolvimento e sobrevivência de uma nação. Na África Subsaariana por exemplo, em um período de 15 anos, o índice de mortalidade infantil caiu quase pela metade com o acesso à água potável.No Brasil, ainda são mais de 35 milhões de pessoas sem acesso à água potável. Um número contraditório para um país tão rico em recursos hídricos.O baixo investimento em saneamento leva a população a criar meios locais para ter acesso a água. Essa prática que nem sempre é saudável, pois se utilizam de poços artesianos ou diretamente de rios, por exemplo.Um forte impasse no acesso à água potável são os locais de moradia irregulares, que inviabilizam obras de saneamento. A forma que as casas são construídas não permitem que água encanada chegue até as residências.A população brasileira praticamente dobrou de 1970 a 2010, enquanto as moradias não seguiram o mesmo ritmo. As pessoas mais afetadas são as que detêm menor poder aquisitivo, ocupando essas casas em locais irregulares.Já em outros lugares, no Nordeste por exemplo, a dificuldade é a viabilidade financeira. Os meios atuais de levar água para esses lugares não pagam o custo de construção e operação desses sistemas.Portanto, esse serviço e o saneamento como um todo exigem vontade política, investimento financeiro e inovação de técnicas e tecnologias.Coleta e tratamento de esgotoA coleta e tratamento de esgoto não é assunto atual, visto que desde as primeiras referências de saúde pública, já se evidenciava a necessidade de cuidar do esgotamento sanitário.Durante os séculos, a humanidade aprendeu a lidar com os rejeitos de esgoto. Desde a antiga Nippur, na Babilônia, criaram-se galerias de esgoto integradas a um sistema de drenagem.A coleta e tratamento de esgoto avançou ao longo dos anos mas ainda não chega a todos. Os serviços de saneamento básico não estão disponíveis a 4,5 bilhões de pessoas. Significa que 6 em cada 10 pessoas no mundo não contam com algum de seus quatro serviços.Segundo o estabelecido nos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, o acesso a coleta de esgoto é lento. Sendo um dos itens que mais interfere em sua meta de universalizar o serviços de saneamento básico no mundo até 2030.No Brasil, o esgotamento sanitário não alcança metade da população, o equivalente a 100 milhões de pessoas. O problema atinge municípios mais pobres como Ananindeua, mas também capitais como Manaus e Belém. Nesses dois últimos o índice de coleta de esgoto não chega a 13%.O esgotamento inadequado significa que os dejetos gerados são depositado em fossas, ou despejados in natura em rios e mares. Como resultado temos uma catástrofe ambiental sem precedentes e que custa caro para ser revertida.Por outro lado, os bons exemplos estão no Sudeste e no Sul do país, em cidades como Cascavel, Londrina e Jundiaí. Locais esses que tem esse serviço praticamente universalizado.Os dados são do Instituto Trata Brasil.Drenagem UrbanaOutro serviço do saneamento básico é a drenagem urbana, responsável por lidar com as águas da chuva. Serviço que aparentemente trata-se de uma simples pavimentação, tem fortes implicações na natureza, no planejamento urbano e até no próprio ciclo hidrológico.Um plano de drenagem urbana é essencial para impedir que corpos hídricos sejam assoreados pela pavimentação excessiva. Evitando a ocorrência de alagamentos e inundações que prejudicam toda a cidade.O planejamento urbano de uma cidade precisa conter o serviço de drenagem urbana, devido a suas considerações de como o meio urbano deve se relacionar com o ambiental.Entre essas relações ele determina, por exemplo, o percentual de áreas que se pode permeabilizar. Ou ainda, planeja piscinões que capturem grandes volumes de chuva, levando-a para corpos hídricos distantes, o que evita alagamentos e inundações das áreas urbanas.E ainda, a drenagem urbana pode interferir no ciclo hidrológico como aconteceu em Brasília, em 2015. O assoreamento dos rios interferiu no ciclo das águas, levando a escassez de chuvas.As águas que antes ficavam na região por mais tempo, possibilitavam a formação de chuvas. Atualmente, o desmatamento e a impermeabilização do solo, dispersam essa água de forma mais rápida, impedindo a formação de um clima úmido e alterando o regime de precipitações.Vale dizer que não é tão simples evitar a impermeabilização do solo, devido ao crescimento populacional desenfreado. Por isso foram criadas leis específicas nos municípios, impondo limites de que proporção os moradores podem usar de seus terrenos.O serviço de drenagem urbana, portanto, exige mais áreas para vazão da chuva e o aproveitamento da água da chuva por meio de reservatórios.Coleta de resíduos sólidos   O quarto serviço que compõe o saneamento básico é a limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, isto é, a coleta e tratamento do lixo urbano.Fortemente atrelado a limpeza urbana, a coleta de lixo é responsável por conduzir todo o lixo da população para locais de tratamento e disposição final.Cada tipo de lixo deveria ser tratado e disposto de maneira diferente, o que é a chamada coleta seletiva.Até 2016 em nosso país, 59,7% dos municípios não destinavam seu lixo corretamente. Com variações tímidas e que preocupam, a falta desse serviço pode gerar problemas sérios de saúde pública.Como exemplo, podemos citar os insetos transmissores de doenças que usam os resíduos sólidos para se proliferar. A dengue que é uma dessas doenças, fazendo em média 4 vezes mais vítimas nas cidades mais precárias em saneamento em comparação com as melhores em saneamento.Outra doença é a leptospirose, transmitida por roedores que se proliferam em locais com altos níveis de poluição urbana. Nas melhores cidades em saneamento o número de internações por essa doença cai 5,2 vezes se comparados com as piores cidades.Segundo a ONU, o Brasil descarta diariamente 80 mil toneladas de lixo de forma inadequada e afeta 76,5 milhões de pessoas. Os chamados lixões disseminam doenças, e infelizmente acabam servindo de fonte de renda para famílias necessitadas.Contudo, é na coleta e tratamento de resíduos sólidos onde reside um dos maiores potenciais para a economia circular. A mesma tenta inibir a produção de lixo e reaproveitá-lo como matéria prima em outros processos.Os melhores exemplos da transformação de lixo em matéria prima estão na produção de biodiesel, cosméticos e abrasivos. Fora isso, existem empresas utilizam o lixo para gerar energia como as sucroalcooleiras. O processo consiste em transformar o bagaço da cana em energia elétrica, mantendo toda a fábrica de açúcar e álcool.A importância do saneamento básicoComo você pode perceber, todos os serviços de saneamento tem ligação direta com a saúde. Estudos mostram que quanto maior o acesso ao saneamento, menor a mortalidade infantil, menor a taxa de internações por doenças gastrointestinais e maior a longevidade da população.E não é só isso! As doenças relacionadas ao saneamento inadequado geram infecções recorrentes e afetam o desempenho educacional de crianças e adolescentes por afastá-los por determinados períodos das escolas.O mesmo acontece com a produtividade dos trabalhadores, também pelo afastamento de suas funções laborais por infecções recorrentes. Um estudo do Instituto Trata Brasil mostra que, em 2013, ocorreram aproximadamente 15 milhões de casos de afastamento por diarreia ou vômito no Brasil.Do outro lado da moeda, os investimentos no setor impactam expressivamente na renda gerada e no valor dos ativos. As obras para manutenção e expansão do saneamento básico gera renda e sustenta empregos, contribuindo desenvolvimento econômico do país.Também, por estar ligado ao Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), acesso ao saneamento e contribui para o desenvolvimento social.Além disso, como dito anteriormente, o déficit no tratamento de esgoto afeta negativamente o meio ambiente, comprometendo, ou até anulando, o potencial turístico de uma região e impactando diretamente na segurança hídrica.Não é a toa que o saneamento é básico. Porém, é o setor de infraestrutura com maior deficiência no Brasil. É necessário despender esforços e buscar soluções que mudem essa realidade.O futuro do saneamento básico no BrasilO cenário do saneamento básico no Brasil deve passar por reviravoltas em 2019 devido ao governo e ajustes em investimentos privados e públicos.Por parte do governo, medidas como a MP n° 868/2018 são discutidas. O intuito é alterar as formas de contrato das prefeituras com empresas de saneamento, afetando toda a estrutura existente. Com isso, o governo espera atrair investimentos privados para o setor.E ainda, fiscalizar melhor os investimentos nos municípios através da Agência Nacional de Águas (ANA). Atualmente, o órgão serve apenas para regulamentações relativas a água da União, sendo a chave de acesso a recursos federais.A privatização também é fator de influência profunda no saneamento básico. Isso pode ser visto, por exemplo, nas bolsas de valores com a promessa de venda da SABESP. Estima-se que o setor privado traria um investimento de 10 bilhões de reais para a companhia.Como pode ver,  o saneamento básico e a infraestrutura como um todo são bases estruturais que precisam ser valorizadas. Sem elas, outros setores não podem avançar e estarão fadados a medidas que vão consumir ainda mais recursos.E você, como acha que o saneamento básico tem caminhado em nosso país?fonte: EOS Consultores

13/07/2021

Tendo em vista que um litro de óleo de cozinha pode contaminar mais de 10 mil litros de água, a Prefeitura de Maceió orienta como fazer o descarte correto deste líquido, que está tão presente em nosso dia a dia, e evitar transtornos para a população e impactos negativos para o meio ambiente. Óleo não pode ir para o ralo Nenhum tipo de óleo pode ter como destino pias, bueiros, ralos ou guias da calçada porque impactam negativamente no encanamento da sua casa e também poluem a água, além de contribuírem para a morte de seres vivos. Descarte correto Após utilizar o óleo de fritura, você pode armazená-lo em uma garrafa PET. Utilize um funil para facilitar a entrada do óleo na garrafa. Lembre-se de sempre fechar bem as garrafas para evitar vazamentos, mantendo também fora do alcance de crianças e animais de estimação que podem ser atraídos pelo cheiro do óleo ou pela simples curiosidade. Em Maceió, as quatro cooperativas parceiras da Prefeitura fazem a reciclagem desse líquido, transformando-os em sabão caseiro e mantendo uma fonte de renda extra para mais de 130 famílias. Após reservar o óleo, o cidadão levar até a cooperativa mais próxima ou entregar aos colaboradores que fazem a coleta seletiva porta a porta em mais de 16 mil residências da capital. Virgina Lucena, coordenadora de supervisão de cooperativas e recicláveis, destaca a importância do descarte correto, visando a preservação do meio ambiente. “Sabemos como o óleo de cozinha pode ser ofensivo para a natureza. Então, é bastante necessário que o cidadão se apegue as práticas sustentáveis, fazendo o descarte correto do líquido. A melhor alternativa são as cooperativas de Maceió, que realizam esse trabalho de reciclagem, super importante para a preservação do meio ambiente e que ainda tem a capacidade de gerar renda extra para as famílias que trabalham no ramo”, disse a coordenadora.

06/07/2021

O Governo Federal anunciou, nesta segunda-feira (28), o repasse de R$ 34 milhões para obras de saneamento básico em 11 estados e Distrito Federal. O anúncio foi feito pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, durante visita à cidade de Natal (RN). Além do Rio Grande do Norte, serão beneficiados: Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e o Distrito Federal. “São ações que, de maneira integrada, vão na mesma direção. A organização espacial da cidade de Natal, a melhoria da qualidade de vida das pessoas que aqui vivem e uma demonstração e uma reafirmação do compromisso do Governo Federal de continuar apoiando as administrações municipais por todo o país”, ressaltou o ministro Rogério Marinho.Em Natal, o ministro Rogério Marinho também assinou parcerias para viabilizar a regularização de 6,5 mil imóveis na Zona Leste da cidade. Uma dessas parcerias é com o Instituto Federal do Rio Grande do Norte, no valor de R$ 3,5 milhões, para promover o ensino e a pesquisa voltados à capacitação e à assistência técnica para regularização fundiária urbana em áreas de interesse social.“O Governo Federal tem se preocupado em levar a sua ação para as populações mais vulneráveis do ponto de vista econômico e social. Aqui, a gente está tratando especificamente de melhoria da qualidade de vida. Quando você escritura um imóvel, ele passa a ter um valor acrescido em média de 60% do seu valor originário”, acrescentou o ministro do Desenvolvimento Regional. Recursos em saneamento De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Regional, desde janeiro deste ano, mais de R$ 199,6 milhões do Orçamento Geral da União foram repassados pela pasta para garantir a continuidade de empreendimentos no setor de saneamento básico em todo o Brasil. Outros R$ 542,8 milhões foram assegurados para financiamentos por meio do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).Atualmente, ainda segundo o ministério, são 1.267 empreendimentos e projetos no setor, incluindo os contratos ativos e em execução ou ainda não iniciados, somando um total de R$ 45,3 bilhões, sendo R$ 27,1 bilhões de financiamentos e de R$ 18,2 bilhões de Orçamento Geral da União. Marco Legal do Saneamento Investir em saneamento básico tem sido uma das prioridades do Governo Federal. No ano passado, o Presidente Jair Bolsonaro sancionou o novo Marco Legal do Saneamento Básico, que deve trazer avanços na economia, na saúde e no meio ambiente, garantindo a milhões de brasileiros acesso aos serviços de tratamento de água e esgoto. Atualmente, no país, cerca de 35 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada e mais de 100 milhões ainda não contam com serviços de coleta de esgoto.Com a nova lei, a meta é garantir o atendimento de 99% da população com água tratada e de 90%, com tratamento e coleta de esgoto até o fim de 2033.A nova legislação possibilitou a entrada da iniciativa privada na prestação de serviços de saneamento e passou a exigir licitação obrigatória dos serviços. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, desde a sanção da lei, em julho de 2020, quatro leilões de concessão no setor já foram promovidos, atraindo mais de R$ 61 bilhões entre investimentos e outorgas.O novo marco legal do saneamento, segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, também contribuirá para a revitalização de bacias hidrográficas, a conservação do meio ambiente e a redução de desperdício de água. Fonte: Gov.com.br

CNI: 82% das grandes empresas pretendem investir em 2021

CNI: 82% das grandes empresas pretendem investir em 2021

23/02/2021

Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que 82% das grandes empresas pretendem investir neste ano. A expectativa para 35% desses investimentos é em melhorias do processo produtivo e 33% para o aumento da capacidade de produção, com a aquisição de novas máquinas e tecnologias."Essa alta sinalização sugere a expectativa de consolidação da forte recuperação da atividade industrial após o período mais crítico da pandemia", diz a pesquisa. Em outros 15%, o principal objetivo é manter a capacidade produtiva e, em 11% deles, introduzir novos produtos.Em 66% dos casos, independentemente do objetivo do investimento previsto, há a expectativa de aquisição de máquinas. Além disso, o percentual do investimento voltado principalmente para o mercado doméstico aumentou de 36% para 39%, mas, de acordo com a CNI, segue abaixo da média histórica, de 42%.Entre as empresas que não pretendem investir, 35% afirmaram que não há necessidade, 33% optaram por não fazer os investimentos e 33% não conseguem investir.Investimentos em 2020O documento Investimentos na Indústria 2020-2021 mostra também que o ano passado começou e terminou fora da curva. Em 2020, 84% das empresas pretendiam investir, em um percentual acima dos anos anteriores. No entanto, apenas 69% conseguiram de fato investir devido à pandemia, um dos menores registros na história da pesquisa, superando apenas o percentual de 2016, que foi de 67%.De acordo com a CNI, a redução dos investimentos no ano passado ocorreu em grande parte pelo alto custo dos insumos e pela reavaliação do mercado doméstico como destino dos produtos.

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